Estudo realizado com escolares do ensino médio de Curitiba, SC, revelou que apenas 22% dos meninos e 9,1% das meninas praticavam o mínimo de atividade física necessária à manutenção da saúde.
“Não ter a companhia de amigos” e “ter preguiça” foram as dificuldades mais relatadas, maiores entre as meninas (51,8%) do que entre os meninos (30,4%). No entanto, a barreira mais apresentada por meninos e meninas foi “preferir fazer outras coisas”.
O trabalho, publicado em março na Revista Brasileira de Epidemiologia, analisou dados do projeto “determinantes da atividade física e obesidade em escolares do ensino médio da rede pública da cidade de Curitiba-PR, Brasil”, realizado por Ciro R. R. Añez e colegas. Foram aplicados questionários nas salas de aula de educação física por entrevistadores treinados.
A autora do trabalho é Mariana Silva Santos, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Paraná. Ela comenta que diversos estudos “têm identificado um decréscimo nos níveis de atividade física da população em geral, o que é uma fonte de preocupação, uma vez que um estilo de vida inativo pode contribuir para o desenvolvimento de muitas doenças, em especial a obesidade”.
Falta de Motivação
O responsável pelo Departamento de Atividade Física da ABESO, Dr. Carlos Alberto Werutsky, lembra que “o objetivo do estudo foi listar os determinantes da elevada taxa de hipoatividade ou inatividade física entre os adolescentes entrevistados”. Segundo o especialista, "ter preguiça" ou "não ter a companhia dos amigos" para a prática da atividade física, “dois dos maiores motivos, pode refletir a falta de motivação dos adolescentes”.
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