Atleta brasileira salta 4,75m e fica com o ouro. No salto em distância, Keila também vence. Brasil termina o dia com quatro vitórias e três bronzes
Fabiana teve calma e segurança. Atual campeã mundial indoor, a brasileira não se apressou para saltar no GP Brasil de Atletismo, neste domingo, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. Sua primeira tentativa foi em 4,40m. Fácil. Seguiu com seu planejamento, e depois, com a vitória garantida, tentou a marca de 4,85m, superior à que lhe deu o ouro em Doha (4,80m) e ao seu recorde sul-americano (4,82m). Não deu. Mesmo assim, fechou em 4,75m e ficou com o ouro na competição. De quebra, assumiu a liderança do ranking em pista aberta.
No GP Brasil, Fabiana testou uma nova técnica de salto. Há duas semanas, de volta das férias, ela treina percorrendo os 36 metros em 18 passadas, ao contrário das 16 até o ano passado. Depois da vitória, Fabiana comemorou a boa marca.
- Foi ótimo. É a minha melhor marca da temporada em pista aberta. É prova de que o trabalho está dando certo. Gostei bastante dos primeiros saltos, achei que estava chegando muito bem. No fim, me senti um pouco cansada - afirmou a atleta, que volta a competir nos Jogos Ibero-Americanos, no próximo mês, em San Fernando, na Espanha.
A marca na prova deste domingo levou Fabiana à liderança do ranking mundial em pista aberta. Se tivesse ultrapassado a barreira dos 4,85m, ela teria igualado a marca de Yelena Isinbayeva e dividiria a liderança também na lista de provas indoors (cobertas).
Com a vitória de Fabiana, o Brasil encerra sua participação no GP com quatro medalhas de ouro e três de bronze. Além dela, Keila Costa (salto em distância), Kleberson Davide (800m) e Nilson de Oliveira (200m) venceram suas provas. No salto triplo, Jadel Gregório foi bronze, mesmo resultado de Jailma de Lima, nos 400m, e Ana Cláudia Lemos, nos 200m.
Fabiana aprova nova técnica
Fabiana ressaltou que a prova deste domingo foi apenas um teste para ver como se sairia com a nova técnica de salto. Ela afirmou que vai insistir na mudança, e projeta estar no melhor de sua forma no GP de Roma, em junho, válido pela Diamond League, quando também estreará suas novas varas, maiores que as que usa hoje.
- Vai dar certo. Vou insistir nisso. Eu treinei sem saber como me sairia. Estou bem feliz. Acho que em Roma já vou estar melhor. Quanto mais alto, melhor - afirmou.
Keila Costa vence no salto em distância
No salto em distância, a vitória foi de Keila Costa. A atleta, que sofreu uma lesão há duas semanas, conseguiu sua melhor marca do ano, 4,68m, e comemorou o fato de não ter sentido dor na hora do salto.
- É a minha melhor marca pessoal do ano. E eu ainda não sabia se disputaria, só fui confirmar na quinta-feira. Não quis forçar muito para não sentir dor. E fico feliz por ter conseguido.
Antes, na prova dos 400m feminino, Jailma de Lima conquistou a primeira medalha do Brasil no dia. Ela marcou o tempo de 52s70 e ficou com o bronze da prova.
- Estava um pouco forte. Mas vim confiante. Era difícil conseguir uma medalha, mas consegui e estou muito grata por isso - disse.
Marilson vai mal nos 5.000m e foca no segundo semestre
Na prova de 5.000m, Marilson dos Santos não conseguiu ser páreo para os quenianos. O atleta, que faz sua preparação toda voltada para maratonas, terminou em oitavo lugar, com 13m45s. O resultado ficou um pouco acima do índice para o Ibero-Americano, que é de 13m40s. O vencedor foi Abraham Chebi, do Quênia, com 13m17s64. Agora, Marilson pretende descansar para decidir se vai em busca do tricampeonato da Maratona de Nova York.
- Foi difícil. Eu faço preparação para maratonas, então não estava muito rápido. Acho que valeu. Foi a primeira prova difícil do ano. Agora, é hora de descansar e pensar no segundo semestre. Em junho ou julho decido se vou participar da Maratona de Nova York, mas é provável.
Nos 400m com barreiras, Mahau Suguimati ficou próximo de conseguir uma medalha para o Brasil. Ele terminou a prova em quarto lugar, com o tempo de 50s33.
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